As gliadinas são proteínas relativamente pequenas, com pesos moleculares de 30 mil a 100 mil Da, de cadeia simples e suas soluções são extremamente viscosas. São responsáveis pela consistência e viscosidade da massa e apresentam pouca resistência à extensão.
As gluteninas são proteínas poliméricas, com cadeias ramificadas, com peso molecular de aproximadamente 3 x 106 Da. São as responsáveis pela extensibilidade, força e firmeza da massa.
O glúten de trigo é encontrado naturalmente na farinha, porém ele pode ser extraído da farinha para ser posteriormente adicionado em farinhas fracas e outros produtos de panificação. Este tipo de glúten é denominado glúten de trigo vital.
FUNÇÃO DO GLÚTEN NA PANIFICAÇÃO!!!
Um dos principais problemas nas padarias é a qualidade da farinha utilizada. A farinha de trigo de boa qualidade para panificação possui uma elevada capacidade de absorção de água. A massa resultante apresenta boa estabilidade e tolerância à mistura e à fermentação e sua capacidade de retenção de gás é alta; o pão resultante apresenta grande volume, estrutura porosa e uniforme.
A demanda por farinha de boa qualidade para panificação aumenta constantemente. É possível produzir pão de boa qualidade, mesmo a partir de farinha de qualidade relativamente pobre, em pequenas padarias manuais, pois no método tradicional de operação, o padeiro é capaz de fazer ajustes para o processo com produtos.
A situação é bastante diferente nas padarias industriais: o avanço da automação, o aumento da produção em geral e o aumento do nível de exigência pelos consumidores traz a necessidade de padronizar cada vez mais os processos e ingredientes. Formulações não podem mais ser continuamente adaptadas às variações na qualidade da farinha. Atualmente é essencial o uso de aditivos como o glúten de trigo vital, que garantem que a qualidade da farinha atinja os requisitos para a produção.
Do ponto de vista físico, a qualidade de panificação da farinha é determinada pela capacidade da massa preparada de reter o gás. Durante a fermentação pequenas bolhas de gás são formadas na massa, que tendem a “escapar”.
Em massas de farinhas fortes, a rede de glúten forma membranas em torno das bolhas de gás que são muito elásticas e são capazes de extensão considerável, sem ruptura, de modo que o gás não pode escapar da massa de pão. Durante a fermentação, a elasticidade destas membranas garante que a massa atinja o volume máximo e não entre em colapso quando transportados para o forno ou durante o cozimento.
Estes fenômenos físicos na massa têm uma explicação química. As proteínas da farinha (glúten) que formam a massa se tornam fixas em uma rede tridimensional, principalmente, pela formação de ligações pontes dissulfeto intra e intermoleculares. Nas moléculas das proteínas do glúten, estas pontes dissulfeto em cada caso ligam duas moléculas do aminoácido cisteína.
A estrutura do glúten pode ser modificada através de reações de quebra e formação de novas pontes de dissulfetos, possivelmente com a intervenção de agentes oxidantes como ácido ascórbico adicionado a massa. Este tipo de adição auxilia a rede de glúten a ser mais estável, contribuindo para a melhoria das propriedades mecânicas do glúten.
PS: Fonte:
Site Tua Saúde/ FiB- Food Ingredientes Brasil
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